Melhorias na saúde, educação e combate à corrupção são reivindicações.
Bombas caseiras foram apreendidas e quatro pessoas foram presas.
Políticos precisam saber que maca não é leito"
Tâmara Perez
De acordo com informações da PM, 500 policiais trabalharam na segurança do protesto. Quatro pessoas foram presas. Um homem estava com duas bombas de fabricação caseira. Os outros três foram presos ao reagir contra a ação da PM.
Por medidas preventivas, os comerciantes da região central fecharam as portas mais cedo. O transporte coletivo também não operou do fim da tarde ao início da noite.
Os manifestantes protestam contra a PEC 37, a corrupção, problemas na saúde, educação e transporte público.
Amigas reivindicam melhoria na saúde.
(Foto: Cida Santana/G1)
A maioria dos participantes é jovem. Acompanhada pelas amigas, a
técnica de enfermagem Tâmara Perez, de 22 anos, se diz revoltada com a
situação dos hospitais de Montes Claros. “É uma vergonha, eu acompanho
de perto o sofrimento do povo. Os políticos precisam saber que maca não é
leito, corredor não é enfermaria e enfermeiro não é escravo”, diz a
jovem.(Foto: Cida Santana/G1)
A estudante Jéssica Mayra também reivindica melhoria na saúde. “É um absurdo a situação do nosso país e da nossa cidade. Ainda bem que o povo, principalmente os jovens, saiu da internet e veio para as ruas. Espero que agora as coisas comecem a mudar", declara.
Já a auxiliar de enfermagem Sônia Maria de Jesus pediu por mais justiça e menos violência na cidade. Ela perdeu o filho assassinado há quatro anos. ”Acompanhei toda a manifestação. As coisas não podem ficar impunes”.
reuniram, mas ele não apareceu (Foto: Henrique
Corrêa/G1)
Pouco antes das 19h, os manifestantes saíram da frente do prédio da prefeitura e seguiram até a casa do prefeito Ruy Muniz, no centro da cidade. Na porta da residência, eles gritaram pedindo a presença do governante, que não apareceu.
Cerca de 40 minutos depois, os manifestantes voltaram ao ponto de concentração da manifestação, na Praça Dr. Carlos, onde se dispersaram por volta das 20h.
Januária (Foto: Michelly Oda / G1)
Aproximadamente 100 moradores do bairro Vila Castela Branco, segundo a PM, fecharam a MG-135, na saída de Montes Claros para Januária, durante a tarde desta terça-feira. Os manifestantes colocaram fogo em galhos de árvores para impedir a passagem dos veículos. A pista ficou interditada nos dois sentidos por duas horas, mas de acordo com a Polícia, a passagem de veículos já foi liberada.
Os moradores reivindicam melhorias na saúde, educação e na infraestrutura. João Pereira da Cruz, morador do bairro há 32 anos, reclama principalmente das condições das condições das ruas. "Não temos asfalto, há muitos buracos e poeira, há esgoto escorrendo a céu aberto, não podemos ter carros, o transporte coletivo chega com muita dificuldade e não atende a todas as ruas", diz o aposentado.
Lucileide Ruas, que também é da Vila Castelo Branco, tem duas filhas, uma de sete e outra de três anos, e afirma que o bairro não oferece condições para a educação das crianças. "Não há uma escola ou uma creche aqui. Tenho que levar minhas filhas no bairro Eldorado para que elas tenho acesso a educação. Passamos todos os dias por essa rodovia perigosa, não posso trabalhar pois não tenho ninguém que as leve e busque na escola", diz.
Os manifestantes dizem que esta foi o primeiro de outros protestos que devem ser realizados. "Estamos cansado de sofrer calados, queremos condições decentes para o bairro. Se não formos ouvidos iremos fazer outras paralisações na rodovia", afirma a moradora Aline Rodrigues.
Fonte: globo.com
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