Moro contesta conluio com o Ministério Público e afasta possibilidade de deixar o cargo
Ministro da Justiça falou a jornal sobre a divulgação de mensagens atribuídas a ele a procuradores da Lava Jato.
m a comunicação. Isso do juiz receber procuradores, delegados, conversar com delegado, juiz receber advogados, receber demanda de advogados, acontece o tempo todo".
O ministro explicou que, às vezes, o Ministério Público avisa que vai pedir uma prisão preventiva e o juiz diz a ele que é necessária uma prova robusta. "Assim como o advogado chega lá e diz: 'Vou pedir a revogação da prisão preventiva do meu cliente'. Às vezes o juiz fala: 'Olha, o seu cliente está em uma situação difícil, seria interessante demonstrar a correção do comportamento do cliente, afastar essa suspeita'."
Moro contestou que tenha existido conluio com o MP na condução da Lava Jato. "Não tem nada, nunca houve esse tipo de conluio." Segundo ele, "muitas diligências requeridas pelo Ministério Público foram indeferidas, várias prisões preventivas. O pessoal tem aquela impressão de que o juiz Moro era muito rigoroso, mas muitas prisões preventivas foram indeferidas, várias absolvições foram proferidas. Não existe conluio. Agora, a dinâmica de um caso dessa dimensão leva a esse debate mais dinâmico, que às vezes pode envolver essa troca de conversas pessoais ou por aplicativos. Mas é só uma forma de acelerar o que vai ser decidido no processo".
Outra entrevista
Moro também falou ao repórter Gabriel Palma, da TV Globo, que não cometeu "nenhum ilícito". "Estou absolutamente tranquilo sobre todos os atos que cometi enquanto juiz da Operação Lava-Jato", afirmou (veja o vídeo abaixo).
Segundo Moro, houve um descuido na troca de mensagens com Dallagnol, mas não houve anormalidade na situação.
"Aquele episódio em particular que afirmaram que seria a situação mais grave em relação a minha pessoa, é o simples repasse de uma notícia-crime. [...] Eu recebi aquela informação, e aí vamos dizer assim, foi até um descuido meu, apenas passei pelo aplicativo. Mas não tem nenhuma anormalidade nisso, não havia uma ação pena sequer em curso. O que havia era uma notícia 'olha, é possível que tenha um crime de lavagem' e eu passei ao Ministério Público", afirmou.
Operação Copa América
Moro participou nesta sexta do lançamento da Operação Copa América 2019.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, operações policiais serão reforçadas em aeroportos, hotéis, centros de treinamento e nos estádios dos cinco estados onde acontecerão os jogos.
O trabalho será monitorado por integrantes do Ministério da Justiça, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Brasileira de Inteligência, Ministério das Relações Exteriores e representantes dos estados em uma central de monitoramento em Brasília.
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