Pai de menino lançado de apartamento chega ao IML
para liberar corpo: 'Minha dor é muito grande'
Adriano Bruno Peregrino da Silva, pai do menino Enzo, de 3
anos, morto após ser arremessado da janela de um apartamento no Cachambi, na Zona Norte do Rio, pelo
padrasto, chegou ao Instituto Médico-Legal (IML), na manhã desta quarta-feira,
para tratar da liberação do corpo da criança. Muito abalado, ele falou
rapidamente com o repórter do EXTRA.
—
Entendo e respeito o trabalho da imprensa. Pode fotografar à vontade. Mas eu
não quero falar. Minha dor é muito grande. Eu não consigo, me desculpe — desabafou
ele, que brigava na Justiça há um ano pela guarda do filho.
O agente funerário que cuida do
sepultamento de Enzo disse que no primeiro contato com Adriano, o homem caiu em
pranto.
—
Fui conversar com ele, mas caiu em pranto. Entendo a sua dor. O corpo do filho
dele está desde ontem (terça-feira) no IML. Mas o pai só conseguiu ter forças
de vir aqui agora pela manhã. Ele está acabado — contou.
Ainda
não há informações sobre o local e o horário do sepultamento do corpo da
criança.
O corpo do assassino de Enzo, o
músico Luiz Eduardo Lopo, de 38 anos, também está no IML. Mas, segundo agentes
funerários, nenhum parente apareceu para fazer o reconhecimento e a liberação.
Luiz pulou da janela do seu apartamento logo após jogar a criança.
A
tragédia aconteceu na tarde de terça-feira. A mãe do menino, Camila Cerqueira,
contou na terça-feira que desconfiava que o namorado tinha problemas
psiquiátricos e negou que ele fizesse uso de qualquer medicação controlada. De
acordo com o relato dela na 23ª DP (Méier), o relacionamento com o músico havia
começado há oito meses.
Vizinhos dizem que surtos do padrasto eram comuns
No
local onde aconteceu o crime, os vizinhos dizem que os surtos de eram comuns e
que ele fazia uso de drogas.
—
Era muito agressivo quando estava sob efeito de drogas. A PM já foi acionada
várias vezes para cá por conta de escândalos que ele promovia — disse uma
mulher.
Uma
técnica de enfermagem que trabalha próximo ao prédio onde tudo aconteceu, viu
quando Luiz se jogou da cobertura, no 5° andar.
—
Ele, literalmente, deu um mortal e se jogou de cambalhota — contou.
Ela
tentou socorrê-lo, mas o homem morreu na hora.
FONTE: EXTRA.GLOBO.COM
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